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Um errante em argolas de fumo mesto
quarta-feira, maio 26, 2004
Dentro desse vestido
Dentro desse vestido, por entre esse tecido, mora o corpo que me decide. Desse movimento que faz arrastar os meus olhos transparece a manhã... vem para o pé das mãos que te seguram as costas e segura com os dentes essas palavras de agrado… não é preciso, pois não? Tu estás comigo.
O meu quarto não tem vista para lado nenhum. Tenho um postal com um velho casal, ar gasto, agarrado às drogas mais viciantes e às dores mais lancinantes que atenuam a miséria com o amor companheiro dos anos. É uma imagem feia, aquela, mas é a imagem mais certa que encontrei do verdadeiro amor: o amor desprendido, compreendido, o amor do tudo-se-perde-menos-isto-ao-menos-isso.
Nesse vestido - alça descaída, ombro descontraído - vem desbotada uma nódoa-cor-de-morango-açucarado que desce do teu externo até ao remate certeiro do teu umbigo. Gulosa. És tão bonita! És como aquela canção que o Caetano Veloso canta, "Maria Bonita" e eu a guitarra que se dedilha a olhar-te.
11:11, hora certa, sem segundo mais segundo, não interessa. O minuto onze é um minuto precioso, o minuto despercebido em que tudo se passa, em que não há badalos, mas que eu escolhi como hora certa para te dizer "Olá, vem cá".
À Jo E então?
Dentro desse vestido, por entre esse tecido, mora o corpo que me decide. Desse movimento que faz arrastar os meus olhos transparece a manhã... vem para o pé das mãos que te seguram as costas e segura com os dentes essas palavras de agrado… não é preciso, pois não? Tu estás comigo.
O meu quarto não tem vista para lado nenhum. Tenho um postal com um velho casal, ar gasto, agarrado às drogas mais viciantes e às dores mais lancinantes que atenuam a miséria com o amor companheiro dos anos. É uma imagem feia, aquela, mas é a imagem mais certa que encontrei do verdadeiro amor: o amor desprendido, compreendido, o amor do tudo-se-perde-menos-isto-ao-menos-isso.
Nesse vestido - alça descaída, ombro descontraído - vem desbotada uma nódoa-cor-de-morango-açucarado que desce do teu externo até ao remate certeiro do teu umbigo. Gulosa. És tão bonita! És como aquela canção que o Caetano Veloso canta, "Maria Bonita" e eu a guitarra que se dedilha a olhar-te.
11:11, hora certa, sem segundo mais segundo, não interessa. O minuto onze é um minuto precioso, o minuto despercebido em que tudo se passa, em que não há badalos, mas que eu escolhi como hora certa para te dizer "Olá, vem cá".
À Jo E então?